Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
domingo, 1 de janeiro de 2006
Vinícius......
Postado por
Sérgio
às
22:45
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2 comentários:
Gosto deste soneto desde os tempos em que ele aparecia nos meus livros de Literatura da escola. E, acima de tudo, admiro Vinicius e a época da qual fez parte.
Só não gosto de pensar em derramar meu pranto, o resto tá valendo. :)
Obrigada pela visita.
Feliz 2006.
Beijo.
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