domingo, 1 de janeiro de 2006

Vinícius......


Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

2 comentários:

Dani disse...

Gosto deste soneto desde os tempos em que ele aparecia nos meus livros de Literatura da escola. E, acima de tudo, admiro Vinicius e a época da qual fez parte.

Anônimo disse...

Só não gosto de pensar em derramar meu pranto, o resto tá valendo. :)
Obrigada pela visita.
Feliz 2006.
Beijo.