Era uma vez uma linda garota de 10 anos chamada Jéssica.Jéssica brincava co em sua casa quando foi atingida acidentalmente por uma bala disparada por sua prima.Tragédia a parte, Jéssica morreu mas deixou frutos, plantou sementes de vida.Explico : 48 horas antes, sensibilizada ao ver uma entrevista com uma receptora de órgãos, disse a mãe que gostaria de ser doadora e assim foi.
Suas córneas foram implantados em dois receptores pernambucanos.Os rins foram para Recife e o fígado tirou da diálise uma enferma de apenas 9 anos.O que mais me tocou, além da atitude tão nobre da menina foi o agradecimento feito por um dos receptores á mãe da pequena Jéssica.Disseram-lhe : “Agora a senhora tem cinco filhos – os que carregam órgãos de sua filha”.
Para quem não sabe eu sou doador.Ao morrer, podem tirar de mim o que quiserem.O que não servir pode cremar, ou como sempre digo em tom de brincadeira mórbida “fazer um foguinho”.O que não pude ajudar em vida, que o faça na morte.A todos que amei a maior lembrança que posso deixar serão minhas atitudes, minhas ações e com certeza meus receptores receberão de volta suas vidas, mais oportunidades de conviver, viver e amar.Se você ainda não é um doador universal de órgãos, se espelhe na menina Jéssica que com seus poucos 10 anos, foi capaz de uma atitude tão nobre que é difícil não se sensibilizar.
Observação : A média de doadores de órgãos em 2007 é de 5,4 milhão de brasileiros, menos de 25% da demanda da lista de espera. ( fonte : Jornal Estado de São Paulo )