terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ensaio sobre a cegueira

Toda vez que ia na locadora consultava a disponibilidade daquele filme.Estava quase tentado a comprar o livro antes de assisti-lo, mas também não o fiz, pois tinha outras prioridades literárias, mas no ultimo final de semana, estava lá o título e me pus a vê-lo e não me arrependi.Estou falando de “Ensaio sobre a cegueira”, com a direção do brasileiro Fernando Meirelles e tendo no elenco a excelente Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Garcia Bernal, entre outros.
“Ensaio sobre a cegueira” foi rodado na cidade de São Paulo sendo uma adaptação do livro homônimo do português José Saramago ( Nobel de Literatura em 1988), que por sua vez declarou que nunca tinha permitido uma adaptação de uma obra sua, mas quando o fez ficou plenamente satisfeito com a abordagem feita pelo diretor brasileiro.
O filme em si, reflete ou demonstra a vida que teríamos se nos fosse privada a visão e nesse contexto é bem chocante as cenas que o filme mostra ao longo de quase 120 minutos.Não há uma explicação ( e o filme nem se detém nisso ) cientifica da causa da epidemia, pois na verdade a pelicula explora os conflitos, as amarguras e todas as conseqüências internas de cada personagem.Como disse, o filme choca pois mostra, em certos momentos, personagens virando verdadeiros bichos, animais mesmo.
Interessante como a obra provoca uma reflexão em nossas consciências, imaginando como de verdade seria caso a estória tornasse realidade, mas principalmente nos vislumbra vários outros tipos de cegueira ( não apenas aquela física ) como a intelectual, a sentimental, comportamental, a sexual, a política como não e tantas outras.Em minha opinião, podemos sim sofrer de “cegueiras” diversas que nos impeça de abrir nossos horizontes, a pré-conceituar coisas que pouco ou não conhecemos, a enxergar verdades e/ou tipificar como ruins comportamentos, pessoas, etc.
Mas isso é algo bem particular, pois depende de como cada ser evolui e aprende, sobremaneira, com seus próprios erros.A vida nos ensina, mas cabe a nós o aprendizado.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O gigante ainda continua de pé


Ontem assisti maravilhado o Super Bowl XLIII diretamente de Tampa, Flórida que culminou com a sexta conquista do time do Pittsburgh Steelers diante do Arizona Cardinals.Ao contrário das últimas temporadas que assisti com mais freqüência, eu nem sei se essa final foi merecida ou não, mas o jogo em si foi muito bom.
Mas o que adorei mesmo foi o show do intervalo, acontecimento tradicional em cada jogo do Super Bowl americano.Diversos artistas já se apresentaram num show com duração de exatos 12 minutos e ontem foi a vez de Mr.Bruce Springsteen e a E Street Band.Foi uma apresentação contagiante, vibrante e com apenas quatro músicas ( “Born in the USA” não foi executada ), mas levantou o publico de tal maneira que foi fácil entender como um país consegue se unir nas adversidades e principalmente, sempre superá-las.E não é necessário nem um atentado terrorista para que isso aconteça, basta a música para isso.Ah, e adorei “Glory days” que fechou a apresentação da noite e mais um detalhe, o palco foi montado e desmontado em menos de dez minutos.Impressionante....
Bolha especulativa a parte, recessão, bancos e pessoas falidas nada disso parece colocar de joelhos a nação americana.Vai demorar, mas o gigante vai levantar novamente...