Não me faltava inspiração, mas o trabalho me consumia e com isso o tempo se tornava escasso.Algumas vezes me punha a escrever, mas com a perspectiva certa da não conclusão do post, acarretava o abandono do pensamento.
Não, não, nada mudou, mas resolvi que era o momento de limpar a área, retirar as teias de aranha da parede e botar alguma coisa para fora.
Muito tem se falado sobre o caso da menina Isabella Nardoni.De forma alguma, quero acrescentar mais qualquer comentário, pois a mídia já o explorou a exaustão.Mas o fato em si, despertou em mim a reflexão de o que é ser pai.Para começar, refuto qualquer tipo de comparação, menção, citação com esse monstro chamado Alexandre Nardoni.Uma vez comprovada sua culpa ( e de sua mulher ), o mínimo que deveria ser é sua execução, apesar que, pensando bem, viver preso eternamente com a culpa de ter matado a própria filha, já seria por si só um ótimo castigo.Bem, olha lá eu já falando sobre o caso...
Continuando...A reflexão que me envolveu foi no sentido de saber se, acertadamente ou não, eduquei e tenho educado corretamente os meus filhos, dando-lhes ensinamentos úteis, experiências importantes, exemplos saudáveis, etc.É claro que só o tempo dirá e ainda sim, há de ser considerar outros fatores como sorte, meio em que viveram ( escola, amigos, etc ) e tantos outros mais quesitos que fogem ao nosso alcance, mas é sabido que nossos filhos em muito nos espelham e tendem, de certa forma, a repetir nossos erros e acertos.
Sinceramente é algo que me preocupa, até porque uma vez nascidos, a eles pertence o mundo e ao mundo eles são confiados.Há uma frase que em minha época ativa no movimento de jovens do Lions ( Clube de Castores ) proferia bastante ao final dos meus “discursos” : “O mais importante de tudo é, ao final, podermos olhar para trás e ver que ao invés de destruir, nós construímos e nos orgulhamos do que aqui fizemos”.
Espero sim, no dia de minha partida, olhar para eles e me orgulhar.Ver que muito do meu sacrifício, muito do meu suor, não foi em vão e essas crianças tornaram-se cidadãos respeitáveis, de caráter, honestos e sobretudo orgulhosos de vossos pais.